
Cuidados paliativos em medicina veterinária são um campo emergente que aborda as necessidades de animais com doenças graves ou terminais, focando na qualidade de vida em vez de tratamento curativo.
Tendências recentes, como o aumento da expectativa de vida dos animais de estimação e laços emocionais mais fortes com os donos, aumentaram a demanda por profissionais especializados.
Neste texto, recém-formados e estudantes de medicina veterinária que estejam interessados em uma especialização nesta área terão insights sobre por que essa pós-graduação veterinária da Ufape Intercursos pode ajudá-los em seu desenvolvimento de carreira.
O que são cuidados paliativos?
São uma abordagem que melhora a qualidade de vida de animais com doenças fatais e de seus tutores, por meio de medidas preventivas e de alívio do sofrimento físico, emocional e social.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), envolve intervenção precoce para aliviar a dor total — física e emocional — usando terapias complementares.
Na medicina veterinária, isso se traduz em práticas como controle da dor, suporte nutricional e cuidados emocionais para os donos, vendo a morte como um processo natural que não deve ser apressado ou adiado (Alves et al., 2019).
Na medicina veterinária, o conceito de “animal hospice” é aplicado para também apoiar os tutores durante e após o processo de doença terminal de seus animais.
O conceito de “animal hospice” surgiu no final dos anos 1980, liderado por pioneiros como o Dr. Eric Clough, Dr. Guy Hancock, Dr. James Harris e Bonnie Mader, que começaram a aplicar cuidados paliativos em animais independentemente de suas práticas.
O termo hospice, que vem do latim hospitium (hospedar), é definido por ser um ambiente que fornece cuidados para atender às necessidades físicas e emocionais de pacientes terminais. Enquanto pallium também tem origem no latim e significa “um manto de cuidado” (Academia Nacional de Cuidados Paliativos, 2022).
Assim, os cuidados paliativos buscam manter o bem-estar e a dignidade do animal até o fim de sua vida, apoiando também os tutores em suas decisões e no manejo do luto.
São particularmente importantes quando a eutanásia não é considerada uma opção pelo tutor, promovendo uma melhor qualidade de vida para o animal até o final.
Além disso, a saúde mental dos veterinários também é uma consideração essencial devido à natureza emocionalmente exigente deste trabalho.
As aplicações práticas incluem o controle da dor com analgésicos, frequentemente multimodais, combinando os anti-inflamatórios não esteroidas, gabapentina, tramadol e opioides, conforme detalhado em um estudo da UNB (Cohen, 2014).
A nutrição é crítica, com alimentação manual ou por sondas de alimentação para felinos, e hidratação via terapia de fluidos subcutâneos.
Além disso, práticas de higiene previnem úlceras de decúbito, enquanto dispositivos de mobilidade como carrinhos e cadeiras de rodas dão suporte ao conforto físico. Ajustes ambientais, como rampas e controle de temperatura, também são essenciais.
Um exemplo são os cuidados paliativos em oncologia, como no caso de cães com câncer avançado que recebem analgésicos, ajustes alimentares e acupuntura para garantir conforto e dignidade.
Essa abordagem multidisciplinar, conforme observado em um artigo do Millenium Journal, responde ao relacionamento em evolução entre animais de estimação e donos, enfatizando o cuidado compassivo (Ogilvie, 2003).
Um tratamento paliativo é considerado eficaz quando há competência por parte do veterinário, satisfação do tutor e conforto para o paciente. A propósito, esse manejo também envolve preparar e educar os tutores sobre o processo de morte.
Após um diagnóstico terminal, as estimativas sobre o tempo de vida restante do animal ajudam a orientar os cuidados, mas não podem prever exatamente quanto tempo ele viverá, o que exige monitoramento contínuo.
É de suma importância preparar o tutor e os familiares para o fim próximo da vida do animal, seja por causas naturais ou por eutanásia.
Os profissionais devem orientar que os sinais de fim de vida variam conforme a doença e o estado do animal, sendo comuns a falta de apetite, sonolência, fraqueza, extremidades frias, respiração irregular e ruídos respiratórios.
As evidências apontam para uma necessidade crescente de especialização veterinária em cuidados paliativos, impulsionada por animais de estimação vivendo mais e donos buscando cuidados de qualidade no fim da vida.
Um estudo da UFRGS descobriu que 88,9% dos estudantes e graduados em veterinária não tiveram contato com cuidados paliativos ou tópicos de fim de vida durante sua formação, com apenas 4,8% entendendo completamente o conceito (Lume UFRGS, 2019).
Essa lacuna evidencia a necessidade de programas especializados, já que muitos profissionais se sentem despreparados e lidam com desafios como a fadiga da compaixão.
Uma pós-graduação em cuidados paliativos capacita os veterinários com habilidades em comunicação compassiva, trabalho em equipe multidisciplinar e tomada de decisões éticas.
As oportunidades de carreira incluem funções em clínicas, hospitais e serviços de atendimento domiciliar, tornando-o um caminho gratificante.
Leia mais sobre a importância da:
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A Ufape desenvolveu este programa para suprir uma lacuna na área e capacitar profissionais no manejo das principais síndromes dolorosas com estratégias e tecnologias avançadas.
Dedicado à melhoria contínua dos métodos de tratamento e prevenção da dor, a Intercursos equipa os veterinários com as habilidades necessárias para proporcionar um atendimento assertivo e eficaz, abordando a complexidade multidimensional da dor.
A pós-graduação em cuidados paliativos na veterinária, oferecida em São Paulo, é um programa com 500 horas totais, dividido em 24 módulos.
Esta formação é ideal para profissionais que buscam especialização na área de dor e cuidados paliativos em animais, combinando encontros presenciais e atividades online. O curso exige um mínimo de 20 alunos por turma.
O investimento total no curso é de R$ 27 mil, que pode ser parcelado em 30x de R$ 900, seja por boleto ou no cartão de crédito. A taxa de matrícula é de R$ 250, pagável à vista no boleto ou em até uma vez no cartão.
*Todos os valores citados acima são referentes ao mês de março de 2025*
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