A anestesia em animais silvestres impõe grandes desafios em comparação à anestesia de animais domésticos, principalmente, no que se refere aos métodos de contenção farmacológica e à abordagem do paciente.
No entanto, esses contratempos podem ser superados com o conhecimento das características específicas da espécie a ser anestesiada, dos agentes anestésicos utilizados e do planejamento adequado.
Tornar-se um especialista nessa área não só amplia suas competências profissionais, mas também contribui para a conservação e o cuidado correto dessas espécies.
Neste artigo da Ufape Intercursos, vamos relatar as principais técnicas, desafios e oportunidades para aqueles que desejam se destacar no manejo anestésico de animais silvestres.
Saiba mais a seguir!
Estima-se que existem no Brasil mais de 11 mil espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.
Contudo, para muitas espécies selvagens, há poucos ou nenhum registro sobre informações fisiológicas, como parâmetros cardíacos e respiratórios, além dos protocolos anestésicos utilizados.
Por essa razão, a anestesia em animais selvagens é frequentemente usada para imobilização.
Os agentes anestésicos são aplicados como método de contenção química, principalmente, quando é necessário realizar procedimentos como:
Conhecer os procedimentos anestésicos é fundamental para todos os veterinários que trabalham com espécies exóticas e selvagens.
Desde procedimentos simples, como coleta de material e limpeza dentária, até os mais complexos podem exigir o uso de agentes anestésicos.
Por isso, o profissional deve estar familiarizado com os protocolos anestésicos corretos para cada espécie animal.
É importante ter cuidado ao utilizar o mesmo protocolo para diferentes grupos taxonômicos, pois variações podem ocorrer e gerar efeitos adversos indesejados durante a anestesia.
Ainda é necessário destacar que, para obter sucesso nessas abordagens em animais selvagens, é essencial conhecer as particularidades de cada espécie, além de sua anatomia e fisiologia.
Com isso, os procedimentos exigem paciência, planejamento e conhecimento dos agentes anestésicos.
As anestesias usadas em animais silvestres são bem parecidas com as utilizadas em cães e gatos.
A questão é que o profissional precisa conhecer a anatomia e a biologia da espécie a ser anestesiada para poder escolher a melhor forma e o melhor tipo de anestesia.
Portanto, em animais silvestres, são utilizados vários tipos de anestesia, adaptados para atender às necessidades específicas de cada espécie e procedimento.
A seguir, conheça as principais:
A verdade é que a administração de anestesia inalatória veterinária é comum em procedimentos prolongados que necessitam de anestesia contínua.
Entre os anestésicos inalatórios, o isoflurano e o sevoflurano são os mais populares dessa categoria, sendo preferidos por serem fáceis de controlar e permitirem uma recuperação rápida, além de terem uma baixa taxa de metabolização em comparação com a anestesia intravenosa total.
Esses anestésicos inalatórios atuam reduzindo a ação do glutamato, que é o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central, levando assim à ativação dos neurotransmissores inibitórios.
Tal efeito resulta em inconsciência, alívio da dor e relaxamento muscular. Contudo, os anestésicos inalatórios causam maior depressão do miocárdio, vasodilatação e hipotensão em comparação com os anestésicos injetáveis.
Porém, essas decorrências são diminuídas com o uso de protocolos equilibrados.
Nos últimos anos, a utilização da anestesia intravenosa tem aumentado devido à introdução de novos medicamentos e ao progresso de novas abordagens, como a administração contínua através de dispositivos de infusão.
Além de manter a estabilidade do sistema circulatório, essa técnica reduz o estresse durante a cirurgia veterinária e minimiza a contaminação do ambiente cirúrgico.
Esse agente anestésico produz efeitos rápidos, levando a uma perda de consciência em cerca de 20 a 40 segundos.
É necessário ressaltar que o propofol, anestésico mais utilizado, após sua indução, causa uma diminuição na pressão sanguínea, acompanhada por uma redução do débito cardíaco e da resistência dos vasos periféricos.
Tal técnica injetável é única em comparação com outros agentes anestésicos, devido à sua rápida ação de indução e à recuperação eficaz com poucos efeitos residuais.
No entanto, é essencial alertar para possíveis efeitos adversos, como depressão respiratória e hipotensão. Aliás, animais anestesiados com propofol apresentaram apneia pós-indução, embora, a pressão arterial não tenha sido afetada.
O mercado da anestesiologia veterinária vem crescendo bastante. É uma área bem promissora, nos últimos anos, houve uma evolução da técnica anestésica, dos cuidados e da parte de monitoração do paciente.
Esses fatores despertaram o interesse e também a preocupação de manter um animal bem monitorado. Então, um curso no segmento é fundamental para entender os métodos usados, assim como os equipamentos adequados.
Em geral, profissionais especializados em anestesia de animais silvestres possuem a capacidade de escolher os medicamentos corretos e a dosagem certa para cada espécie, levando em consideração as diferenças em metabolismo e sensibilidade aos agentes anestésicos.
Além disso, eles são treinados para monitorar de perto os sinais vitais dos animais durante a anestesia e tomar medidas rápidas em caso de emergência.
Deste modo, essa especialização é fundamental para garantir a segurança tanto dos pacientes quanto dos profissionais envolvidos nos procedimentos.
Para realizar uma qualificação de anestesia em animais silvestres, você pode seguir os passos abaixo:
Lembre-se de que a anestesia em animais silvestres é uma área especializada que requer conhecimento técnico e prático, por isso, é necessário buscar qualificação por meio de cursos específicos ministrados por profissionais experientes.
O curso de introdução a anestesia de pets não convencionais tem como objetivo proporcionar ao médico veterinário anestesiologista um treinamento na anestesia das principais espécies (répteis, aves e mamíferos).
As aulas teóricas consistem em entender um pouco mais sobre a anestesiologia de répteis, aves e mamíferos.
Já nas aulas práticas, são realizadas atividades de intubação orotraqueal em diversas espécies, como jabutis, aves e coelhos, além da demonstração de bloqueios locorregionais e acessos venosos.
Na Ufape Intercursos, o aprimoramento acontece na modalidade presencial, na cidade de São Paulo, tem uma duração de 14 horas, ou seja, 2 dias, com turmas de no máximo 30 alunos.
Em relação ao preço do curso, na Ufape, a qualificação tem um custo de R$ 1.465 no boleto bancário ou R$ 1.700 em até 6x no cartão de crédito.
*Valores referentes ao mês de julho de 2024*
*Endereço do Instituto Translacional de Educação e Reciclagem*: Av. 9 de Julho 3939, esquina com Honduras, 765 – Jd. Paulista- São Paulo – SP – 01428-00.
A Ufape Intercursos é a melhor opção para você que está em busca de uma qualificação voltada para anestesia em animais silvestres, a fim de se manter atualizado em relação às constantes transformações teóricas, práticas e tecnológicas.
O Instituto Translacional de Educação e Reciclagem foi criado para motivar e colaborar para o aprimoramento do profissional, por meio da imersão do conhecimento crítico e reflexivo na área da medicina veterinária.
Para obter essa excelência, o instituto promove cursos de aprimoramento, workshop, simpósios e pós-graduações.
O ensino é elaborado para que o aluno desenvolva um novo raciocínio ao interagir com os conhecimentos teóricos e práticos.
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